A magia da neve em Curitiba - 17 de Julho de 1975

A MAGIA DA NEVE EM CURITIBA. 

  17 de Julho de 1975.

Recordar é viver

Eu, Marcos Pereira, estava lá, comecei a trabalhar em Curitiba - maio de 1974.

É, mas não se animem, o fato ocorreu há 38 anos, algo histórico que com certeza ficou marcado nos moradores da cidade naquela época até os dias de hoje.

Porém ainda são geradas expectativas que um dia acontecerá de novo!

É a esperança dos curitibanos!

Fato até hoje muito comentado pelos curitibanos, que já foi tema de documentário e cartão postal da cidade. 

O branco cobriu as ruas, as praças, os quintais. 

A temperatura estava seis graus abaixo de zero. 

Ninguém ficou em casa, todo mundo saiu às ruas para fotografar as imagens. 

Magia... Mistério... Lembranças... Alegria. 

O dia 17 de julho de 1975 ficou na memória dos curitibanos e visitantes. Até hoje, passados 38 anos, o “dia da neve”, ou seja, o dia em que nevou pela última vez, é lembrado por motivos diversos e bem pessoais.

“Como que um toque de mágica, vindo do céu, o curitibano virou criança, descobrindo a alegria das coisas feitas de maneira espontânea, franca. Sorridentes, homens, mulheres e crianças, saíram às ruas atendendo ao inesperado chamado da neve que caía como uma chuva de felicidade. A cidade parou, Feliz.”

Fenômeno contrariou previsões:

O meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Cezar Duquia, explica que para nevar é preciso que fatores como frio intenso em baixos níveis, muita umidade e posicionamento das massas de ar devem estar aliados, o que aconteceu em 1928 e em 1975.

- “Em 1975 não tínhamos nada disso. Na época não havia nenhuma previsão de neve. Havia pouco recurso de satélite e os recursos computacionais não existiam. Em horários, pré-definidos, se fazia a leitura, anotava manualmente e passava isso por telefone. No dia eles tinham sinais do resfriamento, mas não tinham noção do frio que vinha. Fomos surpreendidos com a neve, por falta de informação”, afirma o meteorologista.

Atualmente, as informações são coletadas via satélite e os recursos são bem mais fartos. Mesmo em chances pequenas, existe a possibilidade de nevar novamente. 

- “Geralmente quando a frente fria passa por aqui o frio vem um pouco retardado. Na semana retrasada até havia um posicionamento ideal das massas, mas faltou outros requisitos, não estava frio suficiente”, afirma.

Do dia 17 de julho de 1975, o meteorologista Oswaldo Iwamoto, 61 anos, lembra do tanto que trabalhou e do tempo que não teve para tirar sequer uma foto.

- “Foi tão inusitado que os repórteres começaram a ligar sem parar”, afirma Iwamoto, que conta que mais frio que o dia que nevou foi o dia seguinte, quando os termômetros chegaram a marcar 5,2 graus negativos.

-"Enquanto muita gente, há 38 anos, espera para ver a neve caindo novamente em Curitiba, alguns são bastante realistas. 

- Posso adiantar aqui: 110% de certeza de que não neva mais em Curitiba por causa da poluição do homem, a indústria, o efeito estufa, que aqueceu de tal forma a nossa região que não há essa possibilidade”, afirma o meteorologista.

As fotos não têm qualidade digital! Mas, observamos bem o alvoroço que a neve causou!

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Neve em Curitiba - 17 de julho de 1975.
Foto tirada em frente a Administração da empresa Mirtillo Trombini S/A - Papel e Embalagem.
Em pé, da esquerda p/direita: Sadako, Tereza, Marcos Pereira, Albertina, Sérgio, Amauri, Marli, José Américo e Geraldo. Agachados, mesma ordem: __?__, Dorival, __?__ e José Tadeu.

Neve em Curitiba - 17 de julho de 1975.
Foto tirada em frente a Administração da Mirtillo Trombini S/A - Papel e Embalagem.
Colaboradores do Departamento de Cobrança:
Em pé, da esquerda p/direita: Geraldo Schon Teixeira, Sadako Satake, Marli e Luiz Antônio Pedroso. Agachados, mesma ordem: José Tadeu Martins e Marcos Pereira.

Postado por Marcos Pereira

12 de Julho de 2013

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