domingo, 9 de junho de 2013

Casos & Causos

CASOS & CAUSOS



Complexo do Pico do Marumbi

Erupção vulcânica em Morretes...

Personagens na foto acima:

Em pé, da esquerda para à direita: Emílio Grotti, Alexandre José Soares Taveira, Bernardo D'Oliveira Bittencourt, Olympio Trombini,João Gobbo (timoneiro), Ewaldo Frederico Pettersen, Emílio Dalla Stella. Sentados, na mesma ordem: Antônio Orreda, Vicente Luiz de Oliveira, Manoel Antônio dos Santos, Doro Cauduro. Deitado : José Nogueira (chefe).

De Bona disse: Tenho dito!

... Tenho dito é uma coletânea de discursos de Marcos Luiz De Bona que, ao longo da sua vida, sempre teve palavras para homenagear sua terra natal e seus conterrâneos.
Com esta publicação queremos resgatar não só a memória do homem público, do intelectual e do cidadão, como também recordar alguns fatos e histórias ocorridos em Morretes. No dia 21 de agosto de 1879, bem antes da inauguração da ferrovia Paranaguá Curitiba, o Pico do Marumbi com 1547 metros, foi escalado pela primeira vez por Joaquim Olympio de Miranda, Bento Manoel de Leão, Antônio Silva e Antônio Messias. Em maio de 1902 um grupo de amigos partiu de Morretes com o propósito de escalar a montanha, o que foi realizado com sucesso e para comprovarem o feito os intrépidos marumbinistas resolveram atear fogo na mata. O fogaréu foi visto pelos moradores de Paranaguá, Antonina e Morretes levando pânico às populações, pois pensavam tratar-se de um vulcão em erupção! Esta façanha foi contada pelo Sr. Olympio Trombini, que participou da expedição, e transmitida pelo neto o Sr. Ítalo Trombini ao repórter e pesquisador Henrique Schmidlin, o "Vitamina", em 1979, ano do centenário da primeira escalada. O repórter teve ensejo de apreciar uma fotografia da ocasião, na qual estão impressos os seguintes dizeres: Foi esta expedição que em maio de 1902 deitou fogo à macega, na serra do Marumbi, o que ocasionou o povo a supor um vulcão, e em Paranaguá entoar TE DEUM por esse motivo. O chefe da equipe foi obrigado a publicar no jornal "A REPÚBLICA" uma nota de esclarecimento e assumido a responsabilidade do “causo”.
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O Caranguejo

Contada por um parnanguara...

São 01:15 da manhã e escuto o primeiro zumbido agudo e alto às vésperas de novembro...
É a cigarra macho atraindo a fêmea.
Reza a lenda parnanguara que o primeiro ''zumbizar'' da cigarra nesta época do ano faz com que o caranguejo comece a correr.
Quer melhor notícia que essa?
O BICHO TÁ CHEGANDO...
PS: Só não avisem os chefs curitibanos desta nossa tradição, pois é capaz deles ''escutarem o caranguejo e cozinharem a cigarra".
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HISTÓRIA CONTADA PELO MEU SAUDOSO AVÔ MARCOS TRIAQUIM MALUCELLI (Seo Marquinhos Triaquim).
...ANTIGO COMERCIANTE EM MORRETES.

A VERDADEIRA CAUSA DA VENDA DO ARMAZÉM (SECOS E MOLHADOS) PARA O NARCISO MALUCELLI.
Aconteceu em Morretes na década de 30 ou 40, aproximadamente.
Realmente, a história é muito interessante, porém, compromete a idoneidade/caráter de uma pessoa, portanto, não seria conveniente contá-la, mesmo porque as pessoas envolvidas ( NÃO se inclui o Sr Narciso), já não estão entre nós. Posso somente tecer um pequeno comentário a respeito, a saber:
- Um outro renomado comerciante da época, vendo meu avô bem sucedido em suas vendas, não se conteve, e convidou-o para que juntos constituíssem uma pequena sociedade, ou seja, ele (meu avô) venderia o seu armazém e, imediatamente passaria a trabalhar como sócio na empresa dele. Porém, após a venda, o renomado comerciante, recusou-o, alegando problemas de doença na família, mais precisamente com sua irmã; e que, por esse motivo não poderia mais compartilhar as finanças com o meu avô. Resumindo, o meu querido e abençoado avô, Marcos Triaquim Malucelli, voltou a trabalhar de carroceiro para os Maias, empresa de família tradicional em Morretes.
É interessante lembrar que antes de adquirir o armazém próprio, meu avô já havia trabalhado com os Maias nessa função.
- E assim caminha a humanidade...

Marcos Pereira.
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 Contada pelo amigo Ângelo Itamar de Souza.

A NOITE EM QUE A CACHAÇA FERVEU NA DORNA...
Em uma noite tranquila no Anhaia, uma brasa despretensiosa saltou do forno da destilaria e alcançou uma antiga dorna com metade de cachaça, não durou muito e logo começou a arder em chama. Meu bisavô, Sebastião Scucato, dono do engenho, imediatamente aos gritos soou o alarme, meu avô José Machado, meu tio-avô Bortolo Scucato, meu pai e mais alguns empregados do engenho, logo correram para combatê-lo. Diz meu pai, que o fogo na dorna era tanto que fez ferver a cachaça fazendo-a borbulhar. As labaredas eram tão altas que alcançaram a cumeeira do telhado que era feita de tronco de juçara. O fogo na dorna foi abafado com uma espécie de “lona” trançada vinda da Italia, já o fogo na cumeeira foi mais difícil o seu combate, em razão do tronco do Juçara ser oco e o fogo corria ardendo em seu interior, mas, a custa de muitos baldes d´água, esforço, determinação e muitas rezas da bisa, o fogo cessou, tornando a noite no Anhaia novamente calma e sossegada.
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Contada pelo amigo Ângelo Itamar de Souza.
 
FUTEBOL E VINAGRE...
Lá pelos idos de 1970 e poucos, minha nona Pierina, descendente de italianos, doce, porém, enérgica, quando precisava de algo, pedia para que eu fosse comprar, não sem antes aconselhar: “olha aqui guri, é um pulo lá, outro cá”. Assim, quando necessitava de verduras frescas, a ordem era para ir no seu Domingos Meira; quando precisava de secos e molhados era para ir no seu Jurandyr Freitas, quando o pedido era fumo de corda de boa procedência era para comprar no seu Narciso Malucelli; quando necessitava de álcool, vinagre ou açúcar era na mercearia do B. Antunes; pão, somente no Zuzu e ovos caipira na dona Lili. De todos os lugares, o mais problemático tanto para ir, quanto para voltar, era a mercearia do B. Antunes, ocorre que o caminho passava pelo Grupo Escolar Miguel Schelleder, onde a gurizada se reuniam para jogar futebol ou bolinha de gude, e aí, a vontade de moleque falava muito mais alto que a obrigação. Certa vez, após comprar no B. Antunes uma garrafa de vinagre, parei no Grupo, encostei a garrafa (naquela época era de vidro) junto ao muro e fui jogar bola, passado algum tempo, não deu outra, um chute certeiro daqueles que se vê somente em Copa do Mundo, atingiu em cheio a garrafa de vinagre, quebrando-a, os “mui amigos” festejaram o ocorrido como se fosse um gol de placa, eu, paralisado e desesperado com o ocorrido logo ouvi um sonoro coro: “vai apanhar, vai apanhar....”, belos amigos... conhecendo a Nona, sabia que eles tinham razão, certamente ao chegar em casa “a pá de polenta ia comer solta”, fazer o que meu Deus? Juntei os cacos de vidros como se juntasse todo o meu arrependimento por ter parado para jogar bola, maldita bola!!! Dei de ombros para os “mui amigos” e fui me arrastando para casa. O trajeto tornou-se um martírio, acho que foi neste exato momento que aprendi o que significava a palavra purgatório tão disseminada nas homilias proferidas pelo inesquecível Padre Walter Zimovski. Imaginei várias desculpas... todas esfarrapadas... nenhuma me convenceu, certamente, não convenceria a “italianona”, eita ferro!!! Caminhando entre lágrimas, soluços e alguns palavrões praguejados, encontrei meu vizinho Joel do hotel, que ao me ver, perguntou o porque do choro, relatei os fatos, ele balançou a cabeça, sorriu e pediu para esperar, entrou no hotel e sumiu pelos corredores, não demorou muito, surgiu trazendo uma garrafa fechada de vinagre do B. Antunes, dizendo: vá e entregue para a tua Nona!!! Surpreso, afirmei que não tinha dinheiro para pagá-lo, ele respondeu: que é isso guri!!! Não custa nada!!! Do purgatório ao paraíso em poucos segundos, saí em disparada sem olhar para trás, segurando com todo cuidado a preciosa garrafa, cheguei em casa, lá estava Nona Piera no fogão a lenha mexendo em suas panelas, ela sem desconfiar recebeu sua encomenda e ainda deu-me um beijo, doce beijo..
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JIRIPOCA











Da linha do tempo do facebook do professor 

Florindo Wistuba Júnior.
Professor de História e Literatura.

Se a jiripoca é um peixe, como pode ela piar a noite inteira????
Sei, têm duplo sentido, mas poderiam escolher um outro tipo de animal, sei lá!!!!!!
NOMES VULGARES: jiripoca; jerepoca; jurupoca.
NOME CIENTÍFICO: Hemisorubim platyrhychos.
Dizem lá no Mato Grosso que o referido peixe ao expelir água faz um som seja do tipo de um pio. 
É muito difícil ver a jiripoca piar, porque é um peixe muito esquivo.
Mais um pouco de inutilidade para o meu blog.
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Da linha do tempo do facebook do professor 

Florindo Wistuba Júnior.
Professor de História e Literatura.

Fatos curiosos de 1910 até 1945. 




Existia em Curitiba/Paraná, uma cervejaria chamada "Providência" que produzia diversos tipos de cervejas e, quando existia algum problema de difícil solução as pessoas dizem "Vamos então tomar uma Providência", ou seja, uma cerveja e só depois tentar resolver o problema! 
Em razão disso, tomar providência passou a ter o sentido de fazer alguma coisa! Engraçado, com o tempo passando, as palavras tomam sentidos diferentes, mas. . . cá entre nós, alguns que dizem que vão tomar uma providência . . . acabam mesmo é tomando umas e outras e nada fazendo! Pena que a fábrica acabou falindo em razão de desentendimentos entre os herdeiros da fábrica. 
Ops, pensando nisso, vou tomar uma providência também!
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Mauro Cherobim
Contado por Mauro Cherobim (foto)

Aconteceu em Morretes.
Roberto França era o capelão da Igreja de São Benedito. Eu guri, tinha como desejo de consumo ser coroinha. Até que numa festa do Santo o Padre Camargo me aceitou e fui ajudar a missa. A missa função era balançar o turíbulo, também chamado de incensório. Não tolerava o cheiro de incenso. Era o sacrifício para ser coroinha, pois dava um prestígio danado. Chegou uma altura e o padre Camargo falou para ir buscar. Perguntei onde estava. Lá atrás, respondeu. Lá atrás, para mim, era a sacristia. Estava lá abrindo gavetas, armários, e nada. Encontrei até um esqueleto que Roberto França guardava num armário da sacristia. Ele chegou lá e perguntou o que eu estava procurando. O vinho, respondi, o padre me mandou buscar o vinho aqui atrás. Até que ele teve um estalo e perguntou: não é o vinho da consagração? Não sei, só sei que ele me mandou aqui atrás. E era mesmo, o vinho da consagração. O padre estava sentado numa cadeira ao lado do altar esperando pelo vinho, numa mesinha ao lado dele. A missa deve ter atrasado uns 20 ou 30 minutos. Ainda bem que não perdi a minha vaga.
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Elza Gabriel da Silva

SOU DA ILHA !

Já contei aqui que sou ilhoa, isto é, natural de uma ilha.
O papai foi designado como faroleiro da ilha do Bom Abrigo, que pertence ao município de Cananeia, SP.
O que diferencia essa ilha das outras de que ouço falar é que não havia outros moradores nessa ilha além da nossa família.
Imagine morar num lugar que não possui qualquer tipo de comércio, escola e vizinhos. Éramos só nós e Deus! Só havia a nossa casa, que era conjugada ao farol.
Nossa família era formada por meus pais e quatro filhos .
Ficamos lá até que chegou o tempo de frequentar a escola. Cananeia não nos interessava, pois, naquela época, só havia até o curso ginasial.
Muitas vezes, ao chegar ao Instituto de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha, em Paranaguá, subindo as escadas de acesso, eu pensava:
'Quem diria que aquela menina tímida, bem bobinha, que não conhecia nada de uma cidade, seria professora de Português em uma escola tão bonita, tão importante...'
Vivi na ilha até os meus seis anos, sem ter amiguinhos, sem nunca ter andado de ônibus, de bicicleta, sem saber brincar de quase nada. Chegamos à Paranaguá num navio da Marinha.
Lá na ilha não havia comércio algum, mas tínhamos horta, galinheiro, moenda de cana, árvores frutíferas e praia...
Foi, sem dúvida, uma parte da minha vida muito interessante!

UM POUCO MAIS DA ILHA...

Hoje não se consegue imaginar como sobreviver sem uma padaria, sem um supermercado, sem uma farmácia, sem uma lanchonete e outras casas comerciais que nos abastecem com seus produtos.
E como meus pais viveram por dez anos sem nada disso?
Foram se adaptando, ora, pois o que não tem jeito, ajeitado está!
Só comíamos pão torrado que o papai comprava em Cananeia e era torrado e colocado em uma lata de mantimentos.
Carne bovina só comíamos a carne seca.
A maior parte dos almoços era com peixes e frutos do mar que o papai pescava.
Leite só o condensado.
Bananada e goiabada a mamãe fazia em casa.
As brincadeiras que conhecíamos foram ensinadas pela mamãe: pedrinha do céu, matatiro, tirorá, roda cutia, estátua, brincadeira de se esconder. Era esse o nosso repertório!
Íamos à praia só aos domingos de sol, pois ficava meio distante do farol onde morávamos no alto da ilha...
Após o banho de mar, tomávamos suco de maracujá colhido da horta com pão torrado coberto com bananada!
Há muito mais lembranças de lá, mas não quero aborrecer vocês com essa conversa mole!
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Elza Gabriel Da Silva

Codinomes
A professora Rachel Costa foi nossa chefe na Inspetoria Regional De Ensino por muito anos.
Também era a criadora e regente do Coral de Professoras Diva Vidal.
Era competente , muito competente nas duas atividades. 
As apresentações do Coral aconteciam em Pguá , em muitas cidades do Paraná e até em outros estados. 
Viajávamos bastante.
Certa vez, em Salvador, BA, quase chegando à cidade, alguém teve a ideia de mudarmos os nossos nomes. Afinal, ninguém nos conhecia lá ! 
E foi um tal de escolherem nomes estrambólicos tão diferentes dos originais, tais como: Samanta, Kim . Outros mais românticos : Cláudia, Estefany.
Eu escolhi ser Paula, por estar apaixonada pelo Paulo César Botelho Massa. 
A dona Rachel escolheu o nome de Vanessa.
Muito bom , muito bem, até que eu deixo a " Vanessa" em má situação ao chamá-la De Dona Rachel em alto e bom som. Ela estava conversando com um rapaz e se apresentara com o codinome.
Vexame! 
Ela me fuzilou com os olhos, eu fiquei estática , muda .
O rapaz pergunta a ela:
- O seu nome não é Vanessa? Essa moça chamou Rachel. 
Ela, sem saber o que dizer, tascou-lhe:
- Ah, o meu nome completo é Vanessa Rachel, e essa aí só me chama de Rachel! 
Resolvida a questão , desistimos de usar os nomes falsos.
Valia a sinceridade. Como sempre!
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Pela profª Elza Gabriel Da Silva

UMA HISTÓRIA ACONTECIDA EM MATINHOS


Na minha carreira de professora, de vez em quando, surgiam na lista de chamada dos alunos alguns nomes bem diferentes, tais como: Uilião, Oilson , Adirson, Hospício ...
Já que estou no município de Matinhos, conto a vocês o que aconteceu aqui , quando , após o primeiro concurso para professora do primário do nosso estado, fui nomeada para o Colégio Gabriel de Lara.
Fazendo a chamada no primeiro dia de aula, numa turma de primeiro ano, leio o nome do aluno: Logio .......( não me lembro do sobrenome dele).
O menino então se levanta para responder à chamada, mas antes me corrige:
__ Professora, esse não é o meu nome.
__ Mas é o que está escrito aqui . 
__ Meu nome não é esse! 
E ele não dizia como era o nome correto. 
Então pedi a ele que trouxesse uma cópia da certidão de nascimento e , se a mãe pudesse vir no outro dia que comparecesse à escola para regularizar a matricula dele. 
No dia seguinte, mãe e filho vêm falar comigo devidamente documentados . Leio na certidão de nascimento do menino que o nome dele é mesmo Logio. Digo isso à mãe dele. Ela não se conforma, pois escolheu um lindo nome para o seu primeiro filho: Luís Gil ! 
E só naquele momento fica sabendo que foi enganada. 
Mais tarde, ela me explica:
__Não sei ler nem escrever , dona. Acho que o homem do cartório na cidade de Minas, de onde viemos,sabia só um pouco mais do que eu. Então deu nisso! 
Os anos passam... E sou nomeada mais uma vez para Matinhos pelo segundo padrão.
Quem encontro trabalhando na Viação Graciosa como vendedor de passagens? 
Ele, o Logio ! 
Como o reconheci? 
Simples, leio sempre o nome que consta no crachá! 
Conversamos e ele me diz que nunca esqueceu aquele dia em que soube como era o seu nome!
Em tempo: o Uilião era de Pguá. A mãe dele queria que fosse WILLIAM ! 
Foneticamente o cartorário não errou ! Rsrsrs
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Professora Elza Gabriel Da Silva

Hoje vou recontar um fato que me aconteceu há um mês:

UM ENVIADO DE DEUS NA MINHA VIDA...

No dia 8 de julho passado, tive uma consulta médica de rotina com o reumatologista. Sentia dores fortes, como sempre, nos ombros, braços, mãos, joelhos e pés. Para andar um pouco melhor, pedi ao médico que me fizesse uma infiltração no joelho direito, que doía mais intensamente. A consulta não durou mais do que vinte minutos.
Saí do consultório fazendo caretas de dor por ter que descer uns 13 degraus e ir até o carro em que o meu sobrinho me esperava.
Aí começa a mudança que me levou a registrar esta história.
Um gari limpava a calçada e, ao me ver com o andador, trocando passos muito lentamente, deixa de varrer e pára. Fica me olhando, então digo-lhe:
- O senhor pode continuar a limpar. Eu não vou até aí.
Ele estava a uns dois metros de mim.
- Eu parei porque estou com muita pena da senhora! Que dó da senhora! Diga o seu nome que vou orar pela senhora, vou pôr o seu nome no altar da minha igreja!
Emociono-me, seguro umas lágrimas e atendo ao pedido dele, que repete baixinho: Elza, Elza , Elza.
Pergunto-lhe o nome da sua igreja e o nome dele:
- Meu nome é Sebastião. Sou da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Ele e o médico têm o mesmo nome!
Entrei no carro, ele me acena, e viemos embora.
O seu Sebastião não me sai da lembrança.
Chego, deito-me, e uma hora depois, estou sem aquelas dores fortes que não me deixavam em paz há muito tempo...
Até hoje estou assim.
Um anjo de Deus me acompanha desde então.
E o nome dele é Sebastião, o gari!
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Professora Elza Gabriel Da Silva
E lá vai a historinha de hoje...

QUE SUSTO! QUE MEDO!!

No meu tempo de ginásio , ninguém passava por média. Você podia tirar dez durante todo o ano, mas não escapava dos exames finais. E eram provas escritas e orais, com 20 pontos em cada disciplina, cada ponto com três assuntos diferentes!
Imagine usar aqueles instrumentos que o professor de Desenho Geométrico usava o ano todo! Era um sufoco!
Na primeira série, quando chegou o mês de dezembro, fui ficando nervosa, pois nunca tinha estado com os professores examinadores. Eram três na sala. Na prova escrita tudo era como tinha sido durante o ano, mas na prova oral era deixar qualquer um inquieto. Veja isso:
Era exame final de Português. Fazíamos a prova escrita, enquanto a nossa professora e mais duas de outras turmas iniciavam as provas orais. Eram colocados vinte papeizinhos numa caixa de madeira do chá Mate Leão. Começava pelo número um da chamada. Eu era número 15. Uma das professoras examinadoras tinha a fama de ser muito brava. Algumas colegas minhas de outras turmas sempre me diziam que com mulher de bigode, nem o diabo pode. E ela tinha bigode (buço )!
Chegou a minha vez! Fiquei em pé à frente dela e tirei o ponto da caixa. Olhei o número e entreguei- lhe. Tremia mais que vara verde ao vento!
Estava com medo não sei de quê! Nem escutei a primeira pergunta e caí desmaiada!
Só dei por mim no gabinete do diretor, cercada pela minha professora e pela examinadora, mais alguns professores assustados! Minha blusa do uniforme com cheiros vários: vinagre, álcool, chás...
Abri os olhos e quem vejo primeiro? Ela!
Mas foi aí que as coisas mudaram. Recebi carinho,compreensão e incentivo dela por todo o meu curso e durante toda a minha vida profissional!
A minha professora disse a ela que eu era boa aluna e que para comprovar eu responderia às questões do exame e que a professora teria esta incumbência.
Fiz o exame sem medo algum, pois ela já há i me conquistado para sempre!
Ficamos amigas até que ela se mudou para outro Estado e nunca mais nos vimos. Isso na década de 90!
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Contado por Osmar Malucelli

O que eu sei desta foto, é que o Darci Malucelli voltando para Fernandes Pinheiro após um baile em Irati, errou a ponte e derrubou o Pé de Bode no Rio (calhambeque). Atribuem muitas histórias ao Darci, entre elas, que seu pai, o Vitão, só soube que o carro não estava na garagem quando vieram informá-lo do ocorrido.
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Professora Elza Gabriel Da Silva

Historinha que retrata o modo de falar do parnanguara dos tempos idos:

NEM, NEM, SAIA DAÍ...

Certa vez, eu estava dando uma aula numa quinta série sobre conjunções coordenativas.
Expliquei qual era a função das conjunções e dei muitos exemplos delas por escrito e oralmente.
Para fixar a aprendizagem , pedi às alunas que criassem um período composto ligado por uma dessas conjunções. Era uma turma grande. As meninas foram criando e dizendo oralmente. Fiquei contente com o resultado, pois todas estavam se saindo bem , até que uma delas me diz o seguinte exemplo:
- Nem, cachorro, passe já daqui!
As suas colegas não entenderam o significado da frase , mas eu entendi, pois , quando era criança , tinha uma vizinha que usava a palavra NEM com o significado que a minha aluna deu para a frase , que era mais uma interjeição do que conjunção , mais ou menos assim:
- Rápido, cachorro , saia daqui.
Ou: Vamos! Saia daqui!
Expliquei então à turma os significados diferentes que uma palavra pode ter , e a Edna ( nome da menina) sentiu-se orgulhosa com a sua frase!
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Professora Elza Gabriel Da Silva

Leiam a conclusão da minha passagem por Irati:

TEREI MODIFICADO O MEU DESTINO?


Em Irati, nos primeiros quinze dias, dava aulas somente à tarde. Meu salário diminuiu sensivelmente...
O colégio onde atuava ficava longe de casa. 
Dona Afife, meu anjo de plantão, notou que eu estava um pouco triste e veio ao meu quarto (o melhor da casa ele destinara a mim ) e quis saber o que eu tinha. Nunca fiz segredo do que sentia e contei a ela o que me afligia. Ela ouviu, disse algumas palavras para me consolar e saiu do quarto! 
Dali a uma horas, esse anjo vem outra vez falar comigo. 
Aponta para um colégio que ficava no alto da rua e diz:
- Vá até lá e fale com o padre.... ( esqueci o nome dele). Esse é o melhor colégio daqui. Expliquei a ele a sua situação. 
Fui, e fui muito bem recebida. Comecei a dar aulas ali no dia seguinte. 
Após duas semanas, o padre me convida para dar aulas pelo meu padrão ali. Disse que conseguiria a minha transferência da outra escola rapidamente! Era um prêmio que Deus me dava! 
Esse padre e dona Afife continuaram a cuidar de mim durante todo o tempo da minha estada naquela cidade. Ele já estava até arranjando aulas na Faculdade para mim, e ela vinha me consultar sobre o que eu queria para o almoço e lanche!
E eis que o governador José Richa assume e permite que todos os professores que estivessem fora de seu município de origem voltem a ele. Eu decido não voltar. Digo isso aos meus "anjos".
Mas, sempre há um mas, duas amigas aparecem em Irati e dizem que tenho que voltar, pois a nossa trupe estava desfalcada. Começam a arrumar meus pertences e a colocar no carro em que vieram. Dona Afife me olha sem nada dizer. 
Vim embora sem me despedir de ninguém! 
De Paranaguá, telefonei ao padre e pedi perdão! Nunca mais voltei lá! 
Fiz o melhor ? Não sei...
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Professora Elza Gabriel da Silva

COISAS INTERESSANTES

No Colégio Estadual José Bonifácio (Paranaguá-Paraná), havia um funcionário muito conhecido de todos os professores .
Era o seu Benedito, um faz-tudo do colégio. Se uma fechadura não funcionava, se uma carteira estava quebrada, se uma torneira vazava, janela que não fechava, enfim, ele era o salvador de tudo !
Ele também dizia umas coisas interessantes e engraçadas. Vejamos algumas.
Certa vez, já próximo do horário da primeira aula da manhã, o colégio ainda fechado. Procuro por ele e pergunto:
- Não vai abrir o colégio, seu Bene ?
- Ah , professora, não sei onde pus o chaveiro de chaves !
Quando saía o pagamento , naquela época em dia incerto e não sabido, perguntávamos a ele se saiu o pagamento para todos, pois os efetivos recebiam antes dos contratados. Mas , às vezes, o governo era bonzinho e pagava a todos no mesmo dia.
- E daí, seu Bene, saiu o,pagamento ?
- Saiu, sim, GERAL para todos!
Ou:
- Só para os AFETIVOS!
Sempre pedíamos a ele para ir comprar pastel na cantina na hora do intervalo. Dávamos uns cinco reais em moeda de hoje. O pastel custava sempre menos do que a quantia que lhe entregávamos e llhe dávamos o troco , ao que ele nos dizia :
- Oba ! Vou comprar um PASTÉIS !
Quando faltava uma ou duas carteiras na sala, chamávamos seu Bene e perguntávamos por que sempre acontecia isso,ele dizia:
- Ah , isso é arte do NOTURNO DA NOITE!
- Ah, seu Bene , tenho SAUDADES do senhor !
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Assunto: Cruiscredozulivre...

Casal da Paraíba batiza o filho com o nome de "Facebookson” e causa polêmica no mundo!

Como muitos casais modernos, o motoboy Anderson Cerqueira e a auxiliar de escritório Janete dos Santos se conheceram por uma rede social. Os dois casaram-se e tiveram um bebê lindo, que nasceu saudável no último sábado. O conto de fadas contemporâneo tinha tudo para ficar no anonimato não fosse por um detalhe: os dois batizaram o bebê com o nome de Facebookson, em homenagem à rede na qual se encontraram pela primeira vez. Anderson contou que teve que ir a dois cartórios antes de conseguir registrar a criança.
“Eu queria chamar de Facebook, mas eles disseram que não pode dar nome estrangeiro, então eu coloquei Facebookson, porque eu sou Anderson”, explicou ele.
A história ganhou o mundo depois que o jornal americano Daily Bulletin (na foto, o pai com o exemplar), de Los Angeles, publicou o caso.
Nas redes sociais, o casal foi alvo de críticas. Para muitos, o episódio reforça a popularização do Facebook no Brasil. A matéria, publicada na editoria de economia, usou o caso como exemplo de como a rede de Zuckerberg está avançando inclusive no Brasil, onde o domínio do Orkut era absoluto.
Alheio a toda a polêmica, o pequeno Facebookson dormia tranquilo no colo da mãe. Resta saber se até ele ficar adulto, o Facebook ainda terá o prestígio que tem hoje.
Ainda bem que foi menino. Se fosse menina, seria Facebokete, em homenagem ao nome da mãe: Janete! E aí já viu né?
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Não recomendo essa receita... é um caso completamente isolado, ou melhor, inédito...

Vovó de 111 anos atribui longevidade à bebida e ao cigarro.

"Eu vivi tudo isso porque parei de fumar... a seis anos atrás", é o que diz a britânica que fez aniversário recentemente". 

A britânica Dorothy Peel contrariou tudo o que dizem os especialistas quando o assunto é saúde e mesmo assim completou seu 111º ano no último final de semana. Afirmando que o segredo de sua longevidade seria a bebida e o cigarro, a vovó chamou a atenção da impressa internacional e foi destaque em alguns tabloides.

“Eu bebia regularmente durante o dia. De manhã eu bebia umas 200 ml de xerez [que é um tipo de vinho licoroso], no almoço um gim e tônica e, por volta das 19h, um pouco de ginger ale com whisky. Hoje em dia eu só bebo xerez de vez em sempre”, revela a bem-humorada senhora.
"O que você gosta não faz mal", disse ela...

Dorothy também conta que seus drinks sempre estavam acompanhados de um cigarro, já que ela fumava um maço por dia. A britânica explica que abandonou o cigarro depois de um caso de bronquite e muitas recomendações médicas.
“Eu me sinto tentada a fumar um único cigarro no Natal ou no Ano Novo junto com champagne rosé, que é o meu drink preferido de todos os tempos”, brinca Dorothy, que acredita ser a prova viva de que fazer o que se gosta não faz mal à saúde.

A britânica que passou por duas guerras e se lembra do desastre do Titanic também não teve filhos e acredita que isso favoreceu a sua boa aparência e fez com que ela se sentisse bem até hoje. Vaidosa, Dorothy vive há 13 anos em um lar para idosos e não passa nenhum de seus dias sem se vestir com elegância e calçar seus sapatos de salto.

Por Fabrízia Ribeiro em 02/10/2013
http://www.megacurioso.com.br/bizarro
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Reginado Nunes Ferreira


UMA HISTÓRIA MUITO DIVERTIDA.


O dia em que fiquei milionário... por Reginaldo Nunes Ferreira.
Quem quer ficar rico em um dia estará enforcado em um ano.
(Leonardo da Vinci)

Momentos de descontração são normais no ambiente de trabalho, e não raras vezes necessários, objetivando, sobretudo o alívio da tensão, a valorização e a motivação do profissional, o que acaba resultando em aumento da produtividade, entretanto tudo dentro dos limites do bom senso.

O cuidado para não extrapolarmos se faz necessário sob pena de no exagero criarmos situações que podem trazer conseqüências imprevisíveis.

Acredito que foi pelos idos de 1982 ou 83, trabalhávamos na contabilidade da TROMBINI, empresa fantástica de quem todos os que por ali passaram se orgulham desse privilégio.

Éramos subordinados a um Chefe de Sessão, o Senhor Rubens que por sua vez era subordinado a um Chefe de Departamento, o Senhor D’Amico, o qual era subordinado ao Gerente de Contabilidade na época o Senhor Santiago, este por sua vez era subordinado ao Gerente Geral, Senhor Evilásio e finalmente este era subordinado a um dos sócios do grupo.

Subordinados ao Rubens estavam José Augusto, Denega e eu. Tínhamos cada um a sua equipe e cada equipe dava conta de organizar a contabilidade de uma empresa, de forma que cuidávamos das três maiores empresas do Grupo na época.

Trabalhávamos muito, mas valia à pena, éramos bem remunerados em relação ao mercado, éramos reconhecidos e sobre tudo aprendíamos muito, pois a contabilidade era realmente valorizada na empresa e os profissionais que coordenavam conheciam muito, era vanguarda.

Nosso querido e saudoso Rubens não só permitia, como além de incentivar, também jogava sistematicamente na Loto. O que acabava acontecendo é que toda semana tínhamos o nosso bolão.

Entretanto como em toda equipe, surge de repente uma ideia brilhante, foi o que aconteceu com o Denega naquele dia.

Sempre sabíamos do resultado da aposta pela telefonista Lurdinha, de alguma forma alguém passava o resultado para ela e quando alguém da empresa queria saber ligava e tinha a informação.

Nesse dia o Denega, copiou os números que apostamos e entregou para Lurdinha e disse pra ela que confirmasse que aqueles eram os números sorteados na Loto.

Lembro como se fosse hoje, era uma tarde, não sei exatamente qual dia da semana, o Denega pediu para que um dos seus auxiliares, o Werner, telefonasse para Lurdinha e conferisse o resultado, ao que obedeceu imediatamente. Werner era uma pessoa de um porte físico considerável, descendente de alemão, na medida em que ia ouvindo os números suas bochechas ficavam cada vez mais vermelhas. De repente ouvimos o Werner perguntando com um grito “Tem certezaaaaaaaa ?????????” Em seguida ficou totalmente vermelho e silenciou, soltando-se para trás na cadeira com os braços soltos, e os olhos esbugalhados, pensei que era um enfarto.

Naquele momento o Rubens chegou e perguntou baixinho, até para não fazer escândalo, pois o local que trabalhávamos era protegido apenas por biombos e outras áreas da empresa também funcionavam naquele andar. Rubens perguntou, acertamos alguma coisa? Ao que Werner responde baixinho “acertamos tudo” e continuou quieto.

Rubens liga então para a telefonista e esta confirma novamente o resultado, este toma o bilhete e vai em direção ao seu chefe. Nessa hora já estava instalado o burburinho total na área, o chefe levanta da cadeira e vem cobrá-lo do por que do barulho? Rubens não o deixa terminar de falar, enfia o bilhete da loto quase na sua boca e grita: “Eu falei pra você entrar no bolão boca de burro e você não quis, se ferrooooooou !!!!!!!” Outros começaram a gritar “se ferrô, se ferrô, se ferrô” enquanto batiam fortemente com a mão direita aberta sobre a mão esquerda fechada, no tradicional "top, top".

Nisso já ouvi alguém gritando: “Tamo tudo rico, chega de conciliação, chega de razão, chega de balanceteeeeeeeee chega de caixa de documentoooooooo !!!!!!”

Outro grita “vamo quebra tudo” e começa a chutar cadeiras com a sola do sapato, enquanto outro chutava violentamente os cestos de lixo.

Nesse momento escuto a voz sempre ponderada do José Augusto: “Pessoal, tá certo que estamos milionários, mas não precisamos destruir o patrimônio da empresa, vamos sair tudo numa boa.”

O Luizinho e outro colega começaram a dançar, cantarolando: “la-ra, la-ra, la-ra” e rodopiavam por entre as mesas.

O Zico, só respirava fundo e se assoprava como se estivesse com muito calor.

O Nadir fazia considerações quando a destinação que daria para o dinheiro, “Bem eu devo comprar ações da empresa, não sei se aplico em outras ações na bolsa para diversificar ou se parto para imóveis...”

Um Diretor passava pelo corredor, e arrisca perguntar por cima do biombo: “O que houve?” outro funcionário de posse do bilhete quase enfia o bilhete nos seus olhos e grita com raiva “Ganhamos na Loooooooooootooooooooo!!!!!”

Nosso boy, na época, tinha uns quinze anos, chamava-se Marcos, ele não parava, pulava sem parar correndo de um lado ao outro da sala gritando “tão novinho e tão rico, tão novinho e tão rico, tão novinho e tão rico, Yuuuuuuupyyyyyyyyy !!!!!...”

Contaram-me que alguém falou para o Rubens: “deixa prá lá, só hoje não apostei vamos fazer um “rachide” e vamos embora, todo mundo abraçado.”

A empresa parou naquela tarde.

Uma coisa interessante foi a reação das outras áreas, todos ficavam olhando estupefatos, fazendo entre si, os mais diversos comentários, desde que éramos muito sortudos até que a empresa não deveria permitir que funcionários jogassem na Loto, que era preferível enriquecer trabalhando, etc...

Muitos dos que observavam, com exceção de nossa equipe, pareciam estar em um velório, em pé de braços cruzados, olhando de cara fechada.

Eu pessoalmente liguei para a Lurdinha e confirmei os números, eram os mesmos que havíamos marcado.

De um tempo em diante comecei a acreditar e já estava com a sensação de estar rico mesmo, minha dúvida era saber exatamente quantos teriam acertado e o que sobraria para cada um de nós.

Confesso que fiquei milionário, tive a sensação de estar muito rico, mas foi por apenas alguns minutos.

O Denega foi pra casa mais cedo, mas pediu para que alguém dissesse que tinha sido tudo uma brincadeira...

Ele era genial.

Forte abraço amigo, Saudades.
Reginaldo Nunes Ferreira.
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Mauro Cherobim
Guilherme Cherobim e José Cherobim (Juca)

14 de agosto de 2015.
Hoje acordei pensando nos 105 anos do nascimento de papai. Tio Juca era 10 anos mais velho do que papai (o seu nascimento completou 115 anos em 05/04). Ele era o segundo irmão; o mais velho foi tio Chico. No dia em que papai faleceu, tio Juca sentia-se derrotado pelo destino: "Chico já foi, e agora seria a minha vez, foi o Guilherme". Nonno e Nonna tiveram 5 filhos e cinco noras. A minha mãe foi a nora mais nova e a primeira que faleceu aos 45 anos. Nonna foi a nossa mãe a partir de 6 de março de 1956. 
Papai tinha um caminhão. Com a doença de mamãe, não pode mais viajar. Interrompi o colegial e fui trabalhar com o caminhão. Tinha uma habilitação, de treinamento (naquele tempo não havia autoescolas). Dos caminhoneiros de caminhões tanque, eu era o mais novo, tinha 17 anos. Em 1956 fui prestar o serviço militar, entrei num curso de cabos radiotelegrafistas auxiliares, e no término, fui transferido para São Paulo. Em 1957 o seu caminhão colidiu com um trem. Perdeu o caminhão, e o motorista faleceu no acidente. Ele me avisou através de um telegrama. Fui conversar com o meu comandante, levei o telegrama (era a única notícia que tinha) para adiantar o meu licenciamento. Ele me falou que providenciaria, mas que antes conversasse com o meu pai. 
O sistema telefônico há quase 60 anos é imaginável para quem vive hoje com o atual sistema de comunicações. Com todas as suas deficiências, conversei com o meu pai, e ele foi enfático: 'se quiser me ajudar, fique por aí, e faça a sua vida no que está desempenhando. 
O posto telefônico ficava na Sete de Abril, e o QG na Aeronáutica, no Largo Santa Efigênia. A telefonista ligava para o Posto Telefônico em Morretes, não sei por quais caminhos. Dona Sebastiana mandava Jairo avisar a pessoa chamada em sua casa, ou por onde estivesse. Há sessenta anos, todos eram conhecidos, e um sabia onde o outro se encontrava.
Voltei ao comandante. Demorei alguns dias, pois tive que esperar uns dias para receber o pagamento, pois as ligações interurbanas eram demoradas e caras. Falei da conversa com o meu pai, e pedi que ele cancelasse o meu pedido. Mas não havia feito nada, pois disse-me que já esperava esta resposta do meu pai. 
Daqui a dois meses e alguns dias, fará 39 anos que não o temos mais entre nós. Mas deixou a sua marca. Se hoje eu tenho alguma virtude, devo a ele. E também à minha mãe, que daqui a dois meses e dois dias o seu nascimento completará os mesmos 105 anos.

Mauro Cherobim.
14 de agosto de 2015
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Mauro Cherobin



Não faça ondinha...


Quando guri em Morretes não havia o serviço de água e esgoto. Tomava-se banho de bacia, ou de tina. Ou no rio. E cada casa tinha a “casinha”, que era a privada, no fundo do quintal, que os entendidos de então chamavam de fossa negra. Quando enchia uma fossa abria-se uma nova e com a terra da nova fechava-se a antiga. Algumas vezes acontecia algum acidente. Uma vez o meu pai foi dar uma ré com o caminhão num local em que não sabia que havia uma fossa negra tampada. Por um tempo de um bom tempo não se podia chegar perto do caminhão, tal era o fedor.
Fezes velhas tem um fedor impregnante. Há uns 40 anos, numa tarde chuvisquenta, passava pela avenida Braz Leme, aqui em São Paulo, e n frente de uns prédios de construção nova, nos fundos do Parque da Aeronáutica , havia um pouco mais de água. Quando cheguei na agência Chevrolet, meu destino senti um fedor danado que me fez lembrar o caminhão do meu pai. Perguntei para o funcionário que fedor era aquele. Ele perguntou se eu havia passa do Braz Leme. Disse-lhe que sim. O fedor é do seu carro; dois outros carros chegaram fedendo aqui. Estourou o esgoto de um prédio.
Naqueles meus tempos de guri havia um expressão de quando uma pessoa estava numa situação muito ruim, era do indivíduo que caíra numa fossa negra, com a merda havia chegado ao queixo, e de queixo erguido clamava para não fazer ondinha.
A notícia a seguir me fez lembrar este dito do antanho. “Nunca antes no Brasil” Lula deve ter pensando em pedir socorro para FHC, pois ele está de queixo erguido pedindo misericórdia: não faça ondinha.

O “filho do Brasil” não pensou no amanhã e transformou o Brasil num fossa negra e é ele que está lá afundado até o queixo (erguido).
24 de julho de 2015 (Facebook).
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2 comentários:

  1. Se todos os filhos de Morretes, tivessem a iniciativa da participação, a história seria mais completa, mas dentro dos conformes da tua participação e também dos teus amigos, certamente coroa de êxitos, toda uma vida passada e dedicada ao que temos hoje, essa Morretes de tantas glórias, histórias, passado, presente e futuro, que graças a todos que participaram, desde o desbravamento, foi graças a todos que participaram do ontem, que foi possível fazer o hoje, com os sonhos de realizarmos o amanhã. Parabéns por tua iniciativa.(Alcídio Pereira Pinhalense).

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    1. Alcídio, boa noite! Muito obrigado pelo comentário e pelo parabéns, pois é um incentivo a mais para seguirmos em frente. Um forte abraço.

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