sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Pico do Marumbi

O PICO DO MARUMBI.




O MARUMBI

O Pico do Marumbi, que pertence ao município de Morretes, foi conquistado no dia 21 de agosto de 1879. Como o perfil do conjunto montanhoso é mais imponente visto do Porto de Cima – Morretes, foi de lá que partiram os conquistadores Joaquim Olympio de Miranda (líder), Bento Manoel de Leão, Antonio Silva e Antonio Messias. Esta caravana foi seguida de muitas outras no início do século XX, destacando-se aquela de 1901 da qual participou a primeira mulher a escalar o Marumbi, a senhorita Hercília Pinheiro Lima, de Antonina. Também foi notável a expedição de 1902, organizada por José Nogueira, da qual participaram Olympio Trombini, Bernardo Bittencourt e outros cidadãos morretenses.




A primeira missa
Em 15 de julho de 1934 o farmacêutico Roberto França (líder), Alfredo Malucelli, Alfredo Petersen, Nemésio Pereira, Eugênio Dal’ Stella, Juca França e outros organizaram uma escalada, com o fim de encimar uma cruz de ferro na montanha, e lá ser rezada a primeira missa. Isso foi realmente levado a efeito, pois seguia com a caravana o padre José Paladenzi.

O pintor e o poeta
O Marumbi tem sido cantado em prosa e verso e servido de motivo histórico para os artistas do pincel. Theodoro De Bona tanto o admirava que chegava a acordar os irmãos para ver o sol chegar devagarinho, bater nos picos mais altos e descer inundando-o de luz. A diversidade de tons o fascinava. Pintou a montanha em 1921, aos 17 anos, e teve-a como inspiração pela vida afora.
Essa montanha foi para mim uma espécie de Montanha de Sainte Victoire foi para Cézanne.
O famoso pintor e cientista Frederico Lange de Morretes, de tão apaixonado pela beleza do Marumbi, manifestou em vida o desejo de ser sepultado no cemitério de Morretes, em posição vertical e fronteira com a montanha.

O poeta Arlindo de Castro, já falecido, é autor destes vibrantes versos:

O Marumbi, senhores, é um altar!
Diz-se-ia, até, entre um milhão de flores,
Deus, aí, toda noite, vem rezar,
tendo, por castiçal, o firmamento;
e, por velas, o brilho das estrelas;
por orquestra, o vento
e a voz misteriosa da floresta!
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*Artigo escrito por MLB, publicado na Gazeta do Povo, por ocasião do 1º centenário da conquista do Marumbi, em 21 de agosto de 1979.

Postado por LÍGIA DE BONA CARVALHO


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