domingo, 30 de agosto de 2015

Etnias que colonizaram o Estado do Paraná

ETNIAS QUE COLONIZARAM O ESTADO DO PARANÁ.



O conceito etnia deriva do grego ethnos, cujo significado é povo. 
A etnia representa a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia dos outros. Esta diferenciação ocorre em função de aspectos culturais, históricos, linguísticos, raciais, artísticos e religiosos.

Dificilmente existe uma nação com tão complexa e variada composição étnica de sua população. No caso do Brasil, a formação populacional advém de basicamente cinco distintas fontes migratórias, são elas:
- os nativos, que se encontravam no território antes da chegada dos portugueses. Esses povos eram descendentes de homens que chegaram às Américas através do Estreito de Bering;
- os portugueses, que vieram para o Brasil a fim de explorar as riquezas da colônia;
- os negros africanos, que foram trazidos pelos europeus para trabalhar nos engenhos na produção do açúcar a partir do século XVI;
- a intensa imigração europeia no Brasil, sobretudo no sul do país;
- a entrada de imigrantes oriundos de várias origens, especialmente vindos da Ásia e Oriente Médio.

Com base nessas considerações, a população brasileira ficou com a seguinte composição étnica:

Brancos: a grande maioria da população branca têm origem europeia (ou são descendentes desses). No período colonial vieram para o Brasil: espanhóis, holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal área.

Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou a mão de obra escrava no mundo. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste.

Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos portugueses. Nesse período, os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente existem 170 mil na região Norte e no Centro-Oeste 100 mil.

Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e indígenas, formando três grupos de miscigenação.

Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa 24% da população e ocorre com maior predominância no Nordeste e Sudeste.

Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas. No país respondem por 16% da população nacional. Esse grupo se encontra nas áreas mais longínquas do país.

Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é restrita e corresponde a 3% da população. É encontrado com maior frequência na Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste.

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PARANÁ - UM DOS ESTADOS COM A MAIOR DIVERSIDADE ÉTNICA DO BRASIL.


O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, chineses, holandeses, portugueses, árabes, espanhóis, sírios, libaneses (e outros muçulmanos), negros, índios, entre outros, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje. 
As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa de encontrar a paz numa 'terra desconhecida', mas que prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade. 
A colonização maciça só começou depois da proibição do tráfico de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado.
Essa mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do Paraná, e das lavouras de café. 
Foi a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Cada um dos povos que colonizaram o Paraná formaram colônias nas regiões do Estado.


Alemães - Os alemães foram os primeiros a chegar ao Paraná, em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior número de imigrantes vindos da Alemanha chegou ao Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo dos horrores dos conflitos. Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, marcenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades prosperavam, os imigrantes passaram a exercer também atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior colônia de alemães está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da colonização. 

Os alemães estão concentrados também em Rolândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou ao Paraná vindo de Santa Catarina. 


Árabes - O primeiro lugar onde os árabes se instalaram no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que hoje têm a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba apareceram em maior número após a Segunda Guerra Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10% da população. 
Uma das maiores influências dos árabes no Estado está na gastronomia, onde os temperos e condimentos passaram a ser incorporados a culinária de modo geral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presente na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se dedicaram principalmente à produção literária, arquitetura, música e dança.




Espanhóis - Os primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se mais intensa. Novos municípios, principalmente na região de Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira.


Holandeses - Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para a Holanda, outras foram para a região dos Campos Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de Laticínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolidação da Colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoação mais recente de holandeses na região.


Índios - Na época do descobrimento, em 1500, o Brasil era habitado por tribos indígenas, que viviam espalhados por todo o território nacional. No Paraná, o habitantes primitivos também eram os indígenas que formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e Tupiniquim habitavam o litoral; os Tingüi, a região onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo habitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos bandeirantes para penetrar no território: Caminho de Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e Estrada da Mata.


Italianos - Sem dúvida, os italianos foram os que ocuparam o primeiro lugar nas imigrações brasileiras. No Paraná eles contribuíram muito trabalhando nas lavouras de café e, mais tarde, em outras culturas. A principal concentração desses imigrantes no Estado está na capital, Curitiba, em Morretes, no litoral, e nas cidades de Palmeira e Lapa, onde existiu a Colônia Anarquista de Santa Cecília. Os italianos contribuíram também na indústria e na formação de associações trabalhistas e culturais.


Japoneses - Os imigrantes japoneses se fixaram no Norte Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura. Como, porém, desconheciam técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais, se dedicaram a piscicultura, horticultura e fruticultura na economia regional. 

Alguns dos produtos introduzidos no Estado pelos japoneses foram o caqui e o bicho da seda. Maringá e Londrina são as cidades paranaenses que concentram o maior número de japoneses. Os municípios de Uraí e Assaí originaram-se a partir de Colônias Japonesas.



Negros - A população do Paraná tradicional, isto é, do Paraná da mineração, da pecuária, das indústrias extrativas do mate e da madeira, e da lavoura de subsistência , era heterogênea e nela estavam presentes os mesmos elementos que compunham a população das outras regiões brasileiras: o índio, o europeu, o negro e seus mestiços. Portanto, uma sociedade também marcada pela escravidão, e na qual foi significativa a participação econômica e social dos escravos negros. 

Na primeira metade do século XIX o número relativo de representantes da raça negra chegou a 40% do total da população da Província. 

Em Curitiba, o escravo estava presente no trabalho doméstico, mas também tinha lugar importante no cenário cultural da cidade. Eles mostravam seu talento musical participando de "cantos" no largo do mercado municipal.



Poloneses - Os poloneses chegaram ao Paraná por volta de 1871, e fixaram-se em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fundaram várias colônias que hoje são os bairros Santa Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumentar a produção do Estado. 


Portugueses - No Paraná, a partir de meados do século XIX, destacam-se as grandes levas de portugueses atraídos pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná, no eixo compreendido entre Londrina, Maringá, Campo Mourão até Umuarama. Grande maioria veio das Beiras (Alta e Baixa), Minho, Trás-os-Montes. 

A cidade de Paranaguá foi, e continua sendo até hoje, a cidade do Paraná que têm mais traços da cultura e herança lusitana. Foi a porta de entrada dos portugueses e manteve alguns traços característicos desse legado.



Ucranianos - Os ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e 1897. Mais de 20 mil imigrantes chegaram ao Estado e formaram suas principais Colônias em Prudentópolis e Mallet. Estão presentes também nos municípios de União da Vitória, Roncador e Pato Branco. Hoje o Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vivem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e descendentes. 


Fonte: SETU - Secretaria de Estado do Turismo 
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ASTORGA - PARANÁ - BRASIL

O município de Astorga, é que se pode chamar de uma das realizações vitoriosas da Companhia de Terras Norte do Paraná, que colonizou quase todo o novo norte paranaense. Em 1945, a companhia organizou um loteamento em uma área de 8 alqueires, que deu origem a cidade de Astorga. Os primeiros moradores de Astorga foram Antenor Domingues, que veio com sua mulher e sete filhos, juntamente com o casal Miguel Francisco da Costa e esposa. A Lei Estadual nº 02, de 10 de outubro de 1947, criou o Distrito Administrativo de Astorga, no município de Arapongas. O município foi criado em 14 de novembro de 1951, através da Lei Estadual nº 790, com território desmembrado de Arapongas. A instalação deu-se em 14 de dezembro de 1952. O nome da cidade de Astorga foi dado pelo engenheiro e agrimensor de origem russa, Wladimir Babkov. Babkov chegou ao Brasil na década de trinta e prestou valiosos serviços à nação através da Companhia de Terras Norte do Paraná. O nome Astorga, segundo Wladimir Babkov foi escolhido após girar um globo terrestre e parar com o dedo indicador sobre o nome Astorga, na Espanha, no continente europeu.

A região norte do Paraná passou por vários momentos de colonização, a começar em 1924 quando, por solicitação do Presidente Arthur Bernardes, veio ao Brasil uma Missão Econômica Inglesa, chefiada por Lord Montagu (nome que deu origem à “Missão Montagu”). Lord Montagu foi secretário de Estado para as Índias e ex-secretário financeiro do Tesouro da Inglaterra.
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A história do Paraná e do povo paranaense pode ser contada através dos vários ciclos pelos quais passou: ouro, madeira, erva-mate e café.
Inicialmente as terras paranaenses pertenciam à Capitania de São Vicente; eram percorridas esporadicamente, durante o século XVI, por europeus exploradores da madeira de lei existente na região. A partir do século XVII teve início a colonização, sendo fundada a Vila de Paranaguá em 1660.

Colonos e jesuítas espanhóis povoaram Paranaguá e Curitiba nos primeiros tempos. Com a descoberta de ouro, portugueses foram atraídos para a localidade, tanto no litoral como no interior. A posterior descoberta de ouro nas Minas Gerais amenizou a exploração paranaense.

A passagem de tropas (gado e cavalos) vindos de Viamão para Sorocaba propiciaram o tropeirismo no Estado. Paradas feitas durante o percurso para pouso originavam novos povoamentos que, com o passar dos tempos tornaram-se cidades (Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas, Palmeira, Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva e Sengés).

Separada de São Paulo em 1853, criou-se a Província do Paraná com o estabelecimento de aproximadamente 40 núcleos Coloniais, núcleos estes originados por imigrantes italianos, alemães, poloneses, franceses, ingleses e suíços que, dedicaram-se as culturas de erva-mate, café e exploração de madeira impulsionando a economia local na época.

Fontes:
http://www.brasilcultura.com.br/conteudo...
http://www.paranaturismo.com.br/historia...

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Mil dos 400 mil imigrantes e descendentes, a partir de meados do século XIX, destacam-se as grandes levas de portugueses atraídos pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná. Já os italianos, que ocuparam o primeiro lugar nas imigrações brasileiras, também são bastante expressivos no Paraná, onde existem Colônias e Bairros que ainda preservam as tradições daquele país. Foram também os italianos que fundaram, na cidade de Palmeira, a colônia anarquista “Santa Cecília”. Os primeiros holandeses chegaram ao Paraná em 1909, instalaram-se em uma comunidade na região dos Campos Gerais, consolidando uma colônia em Carambeí. Os árabes, por sua vez, chegaram principalmente depois da Segunda Guerra Mundial. Entre 1942 e 1952, a imigração espanhola tornou-se mais intensa, principalmente nos novos municípios que se formavam no norte do Estado. Os imigrantes japoneses também se fixaram no Norte Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura.

Informações extraídas do site: http://www.parana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=7. 

Informações disponíveis: site oficial do Governo do Estado do Paraná: www.parana.gov.br


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IMAGENS DE DIVERSAS ETNIAS QUE COLONIZARAM O ESTADO DO PARANÁ E OS DEMAIS ESTADOS BRASILEIROS.

ALEMÃES





















Os alojamentos dos imigrantes alemães durante a travessia do Atlântico.












ÁRABES - SÍRIOS - LIBANESES - TURCOS E OUTROS MUÇULMANOS...



Club Homs Noite Árabe -1976




















A culinária árabe foi trazida ao Brasil no final do século 19 pelos imigrantes de diversas nações, em especial pelos sírios e libaneses.




















A imigração árabe para o Brasil deu-se a partir de 1835, sendo que até 1900, os imigrantes procuravam fortuna e liberdade do Império Otomano.








































Curitiba, PR - Monumento - Imigração árabe no Paraná.

















Em 1910, João Nicolau Ferreira partiu da cidade de Yabrud, na Síria, com destino ao Brasil.






















Mesquita - Paranaguá - Paraná - Brasil.
Mesquita Omar Ibn Al-Khattab, em Foz do Iguaçu-PR, a cidade abriga a maior comunidade muçulmana do Brasil.






















ESPANHÓIS































1890 - Embarque de espanhóis.














HOLANDESES
Os primeiros grupos de holandeses chegariam a partir de 1858 ao Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


















ÍNDIOS




















JAPONESES



























CHINESES E COREANOS



Vista Chinesa, no Rio de Janeiro.
- Coreanos -


















Estrada da Vista Chinesa, 789 - Alto da Boa Vista - Rio de Janeiro.





















NEGROS





















Escravos em uma plantação de café, em 1885.


Dos dez haitianos que vieram com Ivon, de Manaus para o Paraná, atraídos pela possibilidade de reconstruir a vida, ele é o único que continua na carvoaria.



































POLONESES





























PORTUGUESES


















UCRANIANOS




































Ucrânia - Igreja Ruthena, na colônia Rio Claro, já demolida. Localizada na atual colônia Fluviopolis, município de São Mateus do Sul-PR – Acervo D. Efraim Krevey.










ITALIANOS
 





















OUTRAS IMAGENS PERTINENTES.
LEI ÁUREA































































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